quinta-feira, 10 de março de 2011

Por: Arlindo Cardoso

 Meu mico, mico meu . Por: Arlindo Cardoso


Olá meu nome é Arlindo e estou aqui pra contar-vos uma simples das grandes vergonhas que já passei. Todos os sábados eu tinha às 8 da manhã cursinho de inglês, que por via das dúvidas detestava. Certa vez acordei muito feliz, cansado da semana toda de sofrimento do colégio e fui arrumar a minha roupa para ir ao cursinho como todos os sábados. Lembrei que uma mulher pediu pra eu tirar xérox de um livro de inglês e que eu guardei o dinheiro no bolso da calça do colégio da sexta-feira, então peguei a calça e coloquei em cima da cama e pensei: “depois que tomar banho pego o dinheiro e vou embora”. Quando estava no banheiro minha mãe grita: “estou indo pro trabalho”. Saí do banheiro e quando cheguei ao quarto... “MEU DEUS” cadê a calça? Acordei minha irmã, meu pai e fomos procurar. Meu pai diz: “ligue pra ela”, mas ninguém tinha os malditos bônus da OI porque era começo de mês.  Comprei um cartão telefônico e fui ligar pra ela; tentei três orelhões e só o terceiro funcionou. O homem da portaria me pede para eu esperar, aquela música horrível de piano de brinquedo sufocava meus tímpanos... Ele volta depois de 15 minutos e diz: “não consegui falar com ela”. Quando chego a casa, com raiva e suado meu pai diz: leve esse dinheiro e quando sua mãe chegar eu pego com ela. Eu pensei: “por que ele não pensou nisto antes?” 
Arrumei-me apressado e já eram 07h40min. Detalhe: eu moro na Chã de Bebedouro e a minha aula era no poço. Quando chego ao ponto um transito insuportável. Pego o “Rosane Collor”, um dos piores ônibus da “história da São Francisco”. Começa a chover; ônibus lotado, pessoas fecham as janelas, deu pra sentir o clima? Era gente fedendo, gente gripada, saí Dalí horrorizado. Quando chego ao centro 08h25min da manhã, já tava atrasado mesmo. Então fui feliz, porque apesar do atrasado estava tudo certo até aquele momento, quando minha sandália “poca” em plena praça em frente à catedral. Fui descalço pedindo perdão a Deus por todas as palavras feias que pensava naquele momento e os olhares das pessoas. Quando chego à sala do cursinho todos começam a rir, CLARO e ainda levei uma falta por chegar atrasado. Assisto à aula e quando volto pra casa, andando lindamente descalço no calçadão do comércio piso num chiclete e penso: “NÃO! Não é isto que estou pensando”. Esse foi o “cúmulo do absurdo” e saí rindo como um besta no centro da cidade. Cheguei a casa suando, cansado, com a sandália e os livros na mão, com a camisa suja por conta da sandália e o pé com chiclete. Prefiro nem comentar. ¬¬º

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